3ª Parte
1964 a 1968
Em 1964, a realização do 1º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica, em São Paulo, confirmou o papel da SBPC como uma organização médica de âmbito nacional. O evento foi considerado um sucesso e atraiu profissionais de diversos estados.
Na metade da década seguinte, a Sociedade mostrou sua preocupação com a certificação de laboratórios e o controle de qualidade. A partir de março de 1975, a Revista Brasileira de Patologia Clínica passou a publicar diversos artigos sobre esses temas. Esta série foi a primeira revisão no Brasil sobre o assunto. Ela descrevia as práticas do Colégio Americano de Patologistas (CAP) e de outras fontes, adaptando-as às condições dos laboratórios brasileiros. Os textos cobriram todas as áreas da patologia clínica e foram transformados em um manual de orientação.
Em novembro de 1975, durante o 9º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica e 2º Congresso Latino-americano de Patologia, em Recife, médicos brasileiros apresentaram o curso “Controle de Qualidade”.
Apesar de suas intensas atividades e de ser a entidade representativa da patologia clínica no Brasil, a SBPC precisou esperar até 1976 para ter sua sede própria. Foi nesse ano que a diretoria conseguiu comprar uma casa no bairro carioca do Rio Comprido e mudar-se da sala na Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro.
Ainda em 1976, foi editado o primeiro manual da SBPC, Fundamentos sobre ensaios radioisotópicos in vitro, escrito pelo médico Evaldo Melo e colegas. A publicação tinha o objetivo de facilitar o aprendizado dos médicos patologistas clínicos que desejavam obter a licença da Comissão Nacional de Energia Nuclear para manusear os testes de radioimunoensaios ou RIE (testes diagnósticos que utilizam isótopos radiativos).
Em 1977, a Sociedade recebeu o aval do Conselho Federal de Medicina para qualificar médicos especialistas na sua área. Em agosto do mesmo ano, a SBPC e a empresa Control-Lab assinaram o contrato para realizar programas de controle de qualidade interno e externo.
No mesmo ano, durante o 11º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica, no Guarujá (SP), foi apresentado o Programa de Excelência de Laboratórios Médicos (PELM), conduzido pela Control-Lab. Houve adesão imediata de 90 patologistas clínicos e laboratórios.
Em outubro de 1978, o Rio de Janeiro foi sede do 11º Congresso Mundial de Patologia Clínica, realizado simultaneamente com o 3º Congresso Latino-americano e o 12º Congresso Brasileiro. Os eventos foram considerados bem sucedidos. Participaram 1.200 pessoas, além de 206 acompanhantes, e havia 52 estandes de empresas.



